está será a ultima vez que escrevo para ti. definitivamente.
as palavras delimitam o sentimento que nutri por ti. por isso, de certo, elas jamais serão suficientes, porque a quantidade de amor que sinto por ti, é ilimitável. é impossível de delimitar e impossível de quantificar. tu, possivelmente, duvidas e questionas isso. eu sei disso porque, ao contrário do que tu pensas, eu conheço-te. conheço-te bem demais, até.
eu não sou aquilo que tu pensas. aliás, se não sou totalmente o oposto, sou muito mais do que tu pensas. a minha personalidade, de certo, não se resume ao que tu julgas ser eu. é claro, gostava que me conhecesses bem. talvez assim, conseguíssemos progredir. mas não importa, porque tenho quase a certeza de que, mesmo assim, não progrediria-mos. talvez sim, talvez não. mas estou mais para o lado do 'talvez não'. possivelmente, isso deve-se ao facto de nunca ter alimentado esperanças face a ti. possivelmente, deve-se ao facto de nunca, mas mesmo nunca, ter achado que era boa o suficiente para ti. possivelmente, deve-se aos dois, ou secalhar a nenhum.
nunca, mas mesmo nunca, senti o que sinto por ti. é inexplicável. há quem lhe chame de obsessão. eu, por o contrário, chamo-lhe paixão. porque paixão, no seu expoente máximo, é algo incontrolável, obsessivo, inexplicável. é algo surreal, muito para além de palavras, gestos, ou qualquer outra demonstração de sentimentos. é verdadeiramente único. na sua essência, é extremamente forte. é algo que se sabe, algo que não necessita de demonstrações, porque a outra pessoa sabe-o. contudo, existem demonstrações para que nunca se duvide, para ser como uma 'certificação' de que o outro sabe o quanto gostamos dele.
nem sei que mais dizer, porque será sempre insuficiente. amar-te, é sempre tão pouco, e isso deixa-me fora de mim. contudo, amo-te, sem fim.
ainda bem que a esperança é a última a morrer, porque senão já tinha desistido (e á muito tempo) de ti. contudo, não consigo. porque até a esperança acabar, eu vou lutar, incansavelmente.
amo-te, amo-te mesmo.
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